domingo, 1 de novembro de 2009

[Parte3][Especial]Branca de Neve - A História por tráz da hsitória mias encatadora do mundo


Faço agora á continuação do Especial de Branca de Neve -A História por traz da História


• BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES marcou a história do cinema para sempre, sendo o primeiro longa-metragem animado da América a ser produzido. Walt arriscou tudo o que tinha para faze-lo. Seus esforços foram recompensados quando o filme lucrou milhões nas bilheterias.

• Um dos primeiros filmes que Walt Disney assistiu foi BRANCA DE NEVE, uma versão muda de 1916 estrelada por Marguerite Clark. O assunto sempre interessou Disney, que teve a idéia de produzir um animado sobre o tema.

• Antes de resolver fazer BRANCA DE NEVE, Disney teve a idéia de um longa-metragem baseado em ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS. A heroína seria interpretada por Mary Pickford, enquanto o resto dos personagens seriam animados pelos artistas do estúdio. Testes em Technicolor foram tudo o que restaram do projeto.

• Depois de um jantar em uma noite de 1934, Walt chamou seus artistas ao seu estúdio. Os animadores ficaram chocados e encantados ao mesmo tempo, ao ouvir que eles trabalhariam em um longa-metragem. Todos começaram a ficar excitados na medida em que Walt contava o conto de BRANCA DE NEVE, representando partes da história e interpretando seus personagens. Isso foi o bastante para persuadir os artistas, que saíram da sala convencidos, assim como Walt, de que eles fariam um filme de grandes proporções.

• Walt estimulou inicialmente o orçamento do filme para $250,000 - o custo final acabou sendo $1,5 milhão!

Quando Disney anunciou em 1934 que iria produzir um longa-metragem animado, a mídia considerou a idéia insensata, e certos de que o filme iria falhar, chamaram-no a de “a tolice de Disney”. Era dito que as pessoas nunca suportariam ficar de 80 a 90 minutos assistindo as cores brilhantes da animação (supostamente machucariam os olhos) e piadas que deixariam todos cansados. Walt provou que eles estavam errados. Em uma viagem feita à Europa, Disney encontrou cinemas que exibiam de 8 à 10 curtas do seu estúdio empacotados em uma única seção, e as platéias adoravam. Ele concluiu se eles faziam isso com Mickey Mouse, fariam o mesmo com um animado bem produzido e com uma estória intrigante.

• Para estimular seu time, Walt Disney anunciou que iria oferecer $5,00 dólares para cada boa “gag” (piada) utilizada no filme (nos dias de hoje se consegue $50 ou $100). A gag da cena em que podemos ver os narizes dos anões aparecendo em seqà¼ência atrás das camas foi idéia de Ward Kimball - que recebeu $5,00 dólares por ela.

• No conto original dos irmãos Grimm, os anões não possuíam nomes nem personalidades específicas. Para a versão de Disney, mais de 50 nomes e personalidades foram elaboradas. Outras mudanças foram feitas na transição do livro para o filme, como as diversas tentativas da Rainha de matar Branca de Neve que foram reduzidas a uma, e o final, na qual o Príncipe pede aos anões para levar o caixão da princesa para seu castelo. No caminho, os serviçais, carregando o esquife, tropeçam em uma pedra, fazendo a maçã envenenada pular da garganta da princesa. Na versão Disney, o final foi escrito de maneira diferente: o encanto da maça envenenada poderia ser quebrado apenas pelo primeiro beijo de amor, e é exatamente o que acontece quando o Príncipe encontra Branca de Neve jazendo em seu esquife de ouro.

• Em 1934, quando se começaram a estudar os design dos personagens, muitos pareciam com os personagens das “Silly Simphonies” (Sinfonias Tolas). Walt percebeu que seu filme apenas seria um sucesso se eles fugissem dos conceitos mais cartunescos, e procurassem fazer algo mais aproximado da realidade.

• Em outubro de 1934, foi distribuído no estúdio uma folha descrevendo os anões: Wheezy, Jumpy (com voz de Joe Twirp), Baldy (com voz de Cliff Arquette), Grumpy (com voz de Sheriff ou Pinto Colvig), Happy (com voz de Wirtle ou Pinto Colvig), Doc (com voz de Ed Holden ou Billy Bletcher) e Sleepy (com voz de Sterling Holloway). Também havia idéias para os seguintes nomes: Hickey, Gabby, Nifty, Lazy, Puffy, Stuffy, Short, Weezy, Burpy, Dizzy e (pela primeira vez) Dopey. Dos anões citados, apenas cinco foram utilizados no filme: Grumpy (Zangado), Happy (Feliz), Doc (Mestre), Sleepy (Soneca) e Dopey (Dunga). Deafy (Surdo) foi excluído porque Walt não queria transformar deficiências físicas em motivo de sátira.

Dunga foi o anão que deu verdadeiras dores-de-cabeça aos artistas no começo da produção. Estava sendo muito difícil encontrar uma personalidade ao personagem assim como uma voz adequada. Testes de vozes foram feitos, mas estes soavam muito parecidos com a voz de Mestre. Então foi resolvido não dar voz á Dunga - não por ele ser mudo, mas pelo motivo dele nunca ter aprendido a falar. O problema da personalidade foi resolvido quando o animador Ward Kimball descobriu o ator Eddie Collins, e o convidou para ir ao estúdio desempenhar de improviso um pouco das reações de Dunga no filme. Graças à interpretação de Collins, Dunga ganhou uma personalidade bem definida e se tornou um dos anões favoritos do pessoal da produção. Edie Collins também inspirou os passos de Feliz na dança da festa dos sete anões.

• Zangado representa os cínicos da platéia - aqueles que chamaram o filme de “a tolice de Disney”.

• Em alguns rascunhos iniciais, BRANCA DE NEVE era loira e tinha cabelos encaracolados. Mas esse design foi esquecido, já que o Espelho Mágico descrevia seus cabelos como “negros como o ébano”.

• A Rainha teve uma grande evolução desde seu conceito original. De uma mulher baixa e gorda, ela tornou-se uma pessoa atraente com uma beleza fria. Pode-se dizer que virou uma personagem totalmente diferente. Ela também oferecia grandes possibilidades com seu vigor e destreza, suas roupas fluídas e sua paciência majestosa, tudo vindo dos clássicos contos de fadas. Nenhum animador tinha tentado captar esses tipos de sentimentos em uma série de desenhos antes. Mesmo com modelos e fotografias para estudar, criar cena-por-cena carregadas de emoção era algo totalmente novo para eles.

• Walt Disney escolheu os diálogos da Rainha cuidadosamente, pesquisando frases que combinavam com o estilo da personagem, assim como eram certas para as emoções expressadas.

• Wollie Reitherman foi o supervisor de animação do Espelho Mágico, um personagem que representou um grande desafio para animar, pois ele era apenas uma face flutuando no espaço - ele apenas “estava lá”. Wollie re-animou as cenas do personagem cerca de nove vezes, e nunca ficou totalmente satisfeito com seu trabalho. Segundo ele, a animação “nunca ficou exatamente o que deveria ser, há sempre mudanças a fazer…”. E o irônico é que no filme foram adicionados efeitos de fogo, fumaça e distorção sob a animação do Espelho, e Reitherman disse “eu acabei nunca vendo o que fiz, de qualquer modo!”.

• Os cineastas estavam inseguros em nomear o último anão de Dopey (Dunga), pois soava muito moderno. Referências a Shakespeare aliviaram esse problema.

• O laboratório da Rainha foi inspirado pelos trabalhos dos diretores mestres do terror, James Whale (Frankenstein) e F.W. Murnau (Nosferatu).

• Os seguintes conceitos foram excluídos durante a produção:- O Príncipe foi planejado inicialmente para ser um jovem conquistador, que faria de tudo para impressionar Branca de Neve. Depois disso, ele seria preso pela Rainha no calabouço, e escaparia com a ajuda dos pássaros depois da Bruxa ter saído para encontrar Branca de Neve. Depois de uma fuga cheia de duelos de espada, ele chama seu cavalo e lhe diz para seguir a Bruxa. Como o cavalo nada entende, eles tomam o caminho errado. Um dos motivos desta idéia ter sido descartada foi a dificuldade de animar o personagem. A idéia de a vilã aprisionar o herói foi usada anos mais tarde em A BELA ADORMECIDA (1959);- Originalmente, a seqà¼ência da fuga de Branca de Neve pela floresta seria mais extensa e haveria mais música na marcha dos anões para casa;- Haveria uma gag final com Soneca e a mosca, onde o anão a encurrala dentro do esquife de vidro, depois do despertar de Branca de Neve;- Chegou a se considerar que a Bruxa primeiro tentaria matar Branca de Neve com um pente enfeitiçado, como no conto original. Quando isso falha, ela joga o Príncipe no calabouço, e apresenta uma dança de esqueletos para seu entretenimento. Um dos esqueletos era identificado como “Prince Oswald”;- Inicialmente, a seqà¼ência da musica “Some Day My Prince Will Come” mostraria Branca de Neve sonhando dançar com o Príncipe nas nuvens, em uma grande seqà¼ência. O conceito do casal dançando nas nuvens foi aproveitado na cena final de A BELA ADORMECIDA.

• Houve muita discussão de como a cena em que o Caçador se aproxima para matar Branca de Neve deveria ser apresentada. Walt estava preocupado de como seria a reação da platéia quanto a idéia de um desenho matar outro desenho. Eles achariam engraçado ou sentiriam a verdadeira emoção que os animadores queriam transmitir? A resposta veio na premiere do filme. Segundo o animador Ward Kimball, ele mesmo podia escutar as pessoas chorando durante a cena em que os anões tiram suas toucas e se ajoelham em volta do esquife de Branca de Neve.

Adriana Caselotti tinha 18 anos quando foi selecionada para fazer a voz da heroína Branca de Neve. Walt estava procurando uma voz doce e natural que pudesse cantar e interpretar como uma menina. O pai de Adriana ensinava música em Nova York, então Walt perguntou-lhe se algumas de suas alunas poderiam fazer testes para o papel, mas depois de ouvir a voz de Caselotti, ele concluiu que sua busca havia terminado. A jovem seria chamada ao estúdio por 44 dias dentre os dois anos da gravação dos diálogos e canções para o filme.

• A atriz Deanna Durbin chegou a ser selecionada para o papel de Branca de Neve, mas foi descartada por Walt, pois ele achou que sua voz soava “muito velha” para a princesa.

• Lucille LaVerne foi escolhida para os dois papéis, a Rainha e a Bruxa, por sua versatilidade vocal. Ela tinha sido uma boa atriz de estágio e também atuara nos primeiros filmes do cinema, onde as ações tinham que ser mais largas e exageradas. Desde que esses filmes eram mudos, parecia que haveria pouca conexão entre a voz e os gestos, mas Sra. LaVerne interpretou ambos os papéis com tamanha expansão de personagem. Como a Rainha, ela era fria e dominadora; como a Bruxa, ela mudou sua voz real para a de uma velha mulher, convincente e assustadora.

• Quando LaVerne começou a gravar seus diálogos como a Bruxa, o diretor de gravação comentou que a sua entonação estava muito clara, parecida demais com a Rainha. Pedindo licença, a atriz voltou com uma voz retumbante que superou as expectativas do diretor. Curioso, ele perguntou o que mudara. Em um sorriso desdentado, ela explicou que havia retirado um de seus dentes postiços.

• A Rainha também aparece como “Rainha Grimhilde” nas publicações Disney da década de 30.

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